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Jaques Wagner admite que ele ou Angelo Coronel devem ser “deslocados” na disputa ao Senado em 2026

Jaques Wagner discute as possíveis candidaturas do PT ao Senado e os desafios para a reeleição de Angelo Coronel na Bahia

16/04/2025 às 11h23
Por: Itamar Vieira Fonte: Bnews
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O senador Jaques Wagner (PT-BA) admitiu, em entrevista ao Valor Econômico, que o Partido dos Trabalhadores (PT) pode enfrentar o que chama de bom problema em 2026: a definição das duas candidaturas ao Senado na Bahia. Tanto ele quanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, têm interesse legítimo nas vagas — o que pode colocar em xeque a tentativa de reeleição do senador Angelo Coronel (PSD), atual aliado do governo estadual.

 

Segundo Wagner, ainda não está decidido que os dois candidatos serão do PT. Ele afirma que lançou essa possibilidade com tranquilidade, pois acredita que é uma alternativa real, e que o partido terá que lidar com essa situação. Ressaltou ainda que ninguém contesta o direito de Rui disputar o Senado. Ele observa que já ocupa uma vaga no Senado, assim como Angelo Coronel, e por isso, um deles terá que ser deslocado, a menos que Rui tenha outra tarefa que Wagner desconheça.

 

O senador também descartou a hipótese de ele ou Rui serem candidatos ao governo da Bahia, o que inviabilizaria a reeleição do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT). Ele reforçou que pretende disputar a reeleição ao Senado e que Rui também deseja concorrer à Casa.

 

Cenário nacional

 

Sobre o cenário político nacional, Wagner demonstrou ceticismo quanto à consolidação da federação entre União Brasil e PP — articulação que pode redesenhar a oposição ao presidente Lula em 2026. Ele afirma que ainda é preciso ver se essa federação vai se concretizar, já que as brigas locais têm dificultado o processo. No caso da Bahia, por exemplo, o PP está muito alinhado com o governo. Wagner acredita que, se a federação sair, provavelmente será comandada por ACM Neto, e nem todos desejam ficar sob sua liderança.

 

Bolsonaro e a oposição

 

Em relação à força eleitoral de Jair Bolsonaro para a próxima disputa presidencial, Wagner foi direto ao afirmar que ele é o quadro mais fraco da oposição. Segundo o senador, o ex-presidente se tornou um estereótipo da política extrema, e como toda ponta, a estigmatização é maior. Muitas pessoas, segundo Wagner, se afastam de Bolsonaro por já terem tido uma primeira experiência negativa.

 

Sobre uma possível prisão de Bolsonaro, Wagner preferiu não emitir juízo de valor, mas reforçou sua postura ética quanto às punições ao adversário político. Ele disse que nunca torceu por isso, apenas espera que o julgamento ocorra dentro das quatro linhas. Declarou que não se sente exultante com o erro de ninguém, e citou o Papa Francisco ao dizer que quando alguém deseja a morte de uma pessoa, é porque algo já morreu dentro de si. Finalizou afirmando que não vive de ódio e que por isso ainda está inteiro.

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