Pelo menos 80 indígenas protestaram na Câmara Municipal de Porto Seguro, no sul da Bahia, reivindicando ajustes na educação do município. Durante o ato, os manifestantes carregaram cartazes e realizaram danças e músicas típicas.
Entre as principais reivindicações apresentadas à Prefeitura de Porto Seguro, sob gestão do prefeito Jânio Natal (PL), estão: Regência de Classe, concurso público e a contratação de profissionais imparciais para atuar nas escolas indígenas.
O vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Lucas Nascimento (PSDB), que presidia a sessão ordinária na última quinta-feira (10), encerrou a sessão assim que os protestos começaram.
Os cartazes carregavam frases como “Concurso Já”. Após o ato na Câmara, os manifestantes caminharam até a sede da Secretaria Municipal de Educação.
Além das demandas administrativas, os protestantes exigem melhorias estruturais nas escolas indígenas, a recuperação das estradas que dão acesso às comunidades e a oferta de transporte escolar adequado.
As lideranças indígenas também apontaram que a maioria dos professores nas escolas das aldeias são contratados temporariamente, sem efetivação, o que os torna vulneráveis à perda do adicional de regência e agrava a precarização do ensino nas comunidades.
O protesto contou com o apoio de representantes de entidades ligadas à causa indígena e à educação.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Porto Seguro e aguarda retorno.
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