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Chapa com Alckmin e Haddad em São Paulo enfrenta resistência; saiba detalhes

O plano é ter o vice-presidente concorrendo ao Executivo e o ministro da Fazenda em uma das vagas ao Senado

01/04/2025 às 10h25
Por: Itamar Vieira Fonte: Bnews
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Ricardo Stuckert / PR
Ricardo Stuckert / PR

O vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), podem ser os nomes do governo Lula nas eleições em São Paulo em 2026. O plano é ter Alckmin concorrendo ao Executivo e Haddad em uma das vagas ao Senado. Porém, segundo o jornal O Globo, a dupla resiste e ainda precisa ser convencida a entrar na disputa.

 

Petistas próximos ao presidente avaliam que não há outro nome além do atual vice-presidente que possa fazer frente a Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível candidato à reeleição. Caso entre na disputa, Alckmin, na visão dos petistas, não seria favorito, mas poderia alcançar um patamar de votação próximo ao de Haddad em 2022, quando o ministro concorreu ao governo estadual. O vice-presidente venceu três eleições no estado, em 2002, 2010 e 2014 (em 2001, era vice e assumiu após a morte de Mário Covas).

 

Sem Alckmin, os petistas dizem que há um risco de uma vitória de Tarcísio no primeiro turno, com votação superior a 70%. Por enquanto, a hipótese de o atual governador concorrer à presidência não é considerada no PT.

 

Além de garantir um palanque, a entrada de Alckmin na disputa significaria uma solução para liberar o posto de vice da chapa de Lula. A vaga é considerada fundamental para atrair o MDB para a aliança. O governador do Pará, Helder Barbalho, vê com bons olhos ser o parceiro de chapa do atual presidente, e os petistas o consideram favorito ao posto.

 

Apesar da estratégia, Alckmin, segundo um aliado, não cogita a hipótese de concorrer ao governo. O ex-tucano tem dito que não houve até agora qualquer conversa sobre o assunto e que está bem na condição atual.

 

No PSB, o movimento é mal visto. Os colegas de partido consideram que os aliados de Lula querem mandar o vice para “o sacrifício”, ao jogá-lo em uma disputa com chance real de derrota, enquanto o PT está preocupado, prioritariamente, em manter a sua bancada de deputados federais no estado.

 

Apesar das divergências, PT e PSB concordam que uma das vagas ao Senado será da direita e que precisam de um nome competitivo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que deve trocar o PL pelo PP, são as prováveis apostas bolsonaristas para o pleito.

 

Haddad é visto no PT com chances de sucesso, e uma ala da legenda acredita que ele não negaria um pedido de Lula para concorrer. O ministro tem afirmado a aliados, porém, que não existe possibilidade de disputar um cargo eletivo em 2026.

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