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Justiça Federal arquiva inquérito que investigava Jaques Wagner por suspeita de lavagem de dinheiro

Inquérito foi iniciado em 2018. Após quase 7 anos de investigação, MPF concluiu que não foram encontrados elementos suficientes de materialidade e autoria do crime.

18/02/2025 às 07h00
Por: Itamar Vieira Fonte: g1 Bahia
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Jaques Wagner (PT-BA) durante uma sessão do Senado — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Jaques Wagner (PT-BA) durante uma sessão do Senado — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A 2ª Vara Federal Criminal da Bahia arquivou o inquérito policial que investigava o senador e ex-governador do estado Jaques Wagner (PT) por suspeita de lavagem de dinheiro.

 

A homologação do arquivamento do inquérito aconteceu na terça-feira (11) e foi confirmada pela Justiça Federal ao g1 nesta segunda (17). A decisão, assinada pelo Juiz Federal Fábio Moreira Ramiro, acompanhou manifestação do Ministério Público Federal (MPF) pelo encerramento das investigações.

 

A Justiça Federal explicou que não há possibilidade do caso seguir para a segunda instância, porque o inquérito foi arquivado e, assim, deixa de ser encaminhado para a instrução processual. A única chance do inquérito ser reaberto é se surgirem fatos novos para serem apurados.

 

O inquérito foi iniciado em 2018 e, após quase sete anos de investigação, o MPF concluiu que não foram encontrados elementos suficientes de materialidade e autoria do crime, depois de análise de dados da Operação Cartão Vermelho e perícias em celulares.

 

Na decisão, o magistrado destacou que, embora o controle do arquivamento seja primariamente exercido pelo órgão revisional do MPF, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cabe ao Poder Judiciário a análise de eventual ilegalidade manifesta ou teratologia na promoção ministerial.

 

No caso em questão, o juiz não identificou irregularidade no pedido de arquivamento. O procedimento ficará suspenso por 60 dias, aguardando análise final da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.

 

Conforme previsto no artigo 18 do Código de Processo Penal e na Súmula 524 do STF, as investigações podem ser reabertas caso surjam novos elementos probatórios.

 

Em nota, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Éden Valadares, criticou a "perseguição política aos petistas por parte dos membros da Lava Jato".

 

“Wagner foi vítima da maior farsa política e fraude jurídica do Brasil. Um processo que tinha evidentes e comprovados vícios, objetivos políticos e resultou na chegada de Moro e Bolsonaro ao poder”, afirmou Éden.

 

O dirigente estadual também disse lamentar a "interferência com pretensões políticas no judiciário para perseguir e tentar destruir a reputação de políticos íntegros, como o senador".

 

“Quando a política entra em um tribunal, a justiça sai pela janela. E infelizmente foi isso que aconteceu. Wagner foi alvo de uma campanha desonesta por ser o grande quadro que é do PT na Bahia e no Brasil", opinou.

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