O prefeito de Curaçá, na Região do Vale do São Francisco da Bahia, Murilo Bomfim (PT), decretou estado de calamidade pública administrativa e financeira no município. Uma comissão foi criada com o objetivo de realizar o recadastramento dos servidores, regularizar contratos e convênios e levantar os débitos existentes.
O município enfrenta uma dívida consolidada de aproximadamente R$ 153 milhões, além de uma pendência referente à folha de pagamento de muitos servidores municipais do mês de dezembro de 2024, incluindo retroativos e diferenças de gratificação e terço de férias dos profissionais da educação, totalizando cerca de R$ 4 milhões.
De acordo com a gestão atual, o ex-prefeito Pedro Oliveira (PSC) priorizou o pagamento de fornecedores, destinando R$ 2,5 milhões para essas despesas, enquanto grande parte dos servidores ficou sem receber salário. Oliveira, por sua vez, afirmou que recebeu o município com uma dívida de aproximadamente R$ 12 milhões, que durante suas duas gestões aumentou para R$ 157 milhões, um aumento de 1.310%.
Em resposta à situação financeira, a gestão atual decidiu investir em custear os festejos tradicionais dos distritos e comunidades de Curaçá, incluindo a contratação de estruturas de palco, sonorização, iluminação e atrações artísticas para as festas locais.
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