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Após irregularidades, prefeitura de Camaçari devolve mais de R$ 2,5 milhões da Lei Paulo Gustavo

Entre as inconsistências encontradas estão erros na soma das notas utilizadas para a classificação dos projetos

18/01/2025 às 07h33 Atualizada em 18/01/2025 às 11h17
Por: Itamar Vieira Fonte: Metro 1
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Foto: Franklin Almeida
Foto: Franklin Almeida

 Após dois anos da publicação do edital da Lei Paulo Gustavo, a Prefeitura de Camaçari foi obrigada a devolver R$ 2.515.255,43 ao Governo Federal, valor destinado à execução dos projetos selecionados. A medida ocorreu devido a uma série de irregularidades cometidas pela Secretaria de Cultura (Secult) na gestão anterior, em 2024, durante a seleção de quatro editais. Além disso, o município foi um dos últimos da Bahia a lançar o certame.

 

Entre as inconsistências encontradas, destacam-se erros na soma das notas utilizadas para a classificação dos projetos. Em maio de 2024, o desembargador Josevando Andrade, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), suspendeu os quatro editais, alegando que permitir a continuidade dos certames poderia “acarretar eventuais contratações em desacordo com os editais e com os princípios e valores estabelecidos pelo ordenamento jurídico brasileiro, com o dispêndio de recursos públicos para o pagamento de contemplados possivelmente inaptos”.

 

Irregularidades apontadas:

 

  • Erros na soma das notas utilizadas para a classificação dos projetos.
  • Erros nas reservas de vagas para negros e indígenas (cotas), incluindo a inabilitação de um proponente após a fase de habilitação e o uso indevido de vaga de cota indígena por um projeto da ampla concorrência.
  • Restrição de recursos presenciais para fazedores de cultura, com prazo apertado de dois dias, contrariando o processo de inscrição online.
  • Seleção de empresas de fora de Camaçari (como Lauro de Freitas), contrariando exigências do edital quanto à exigência de domicílio em Camaçari e registro no Mapa Cultural da cidade.
  • Seleção de proponentes sem histórico na área, como a Associação Cultural Bamuca, que foi aprovada em cinema e audiovisual, apesar de não ter experiência comprovada na área.
  • No edital Camaçari Criativa, foram criados perfis de última hora, que foram todos contemplados na seleção.
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