O prefeito de Paulo Afonso, Mário Cesar Barreto Azevedo (Mário Galinho), anunciou as demissões na quinta-feira (2) e destacou a situação caótica nas finanças do município. Aproximadamente 500 funcionários temporários da gestão foram demitidos, e no mesmo dia, foi comunicado o fechamento temporário da sede da prefeitura, da Administração do Bairro Tancredo Neves e das secretarias municipais por 30 dias.
O gestor justificou as demissões "considerando a necessidade de avaliar o patrimônio público, auditar, organizar e planejar as ações administrativas para o exercício de 2025, garantindo a eficiência na aplicação dos recursos, a sustentabilidade das políticas públicas, a transparência nos processos administrativos, e o cumprimento das obrigações legais, incluindo as atividades relacionadas ao fechamento de contas conduzidas por diversos órgãos essenciais".
Após o anúncio das demissões, surgiu um vídeo em que Galinho, ainda no período eleitoral, garantiu que não realizaria demissões em massa. "O nosso plano de governo contempla justamente o contrário. Nós vamos ampliar a oferta de saúde, principalmente na atenção básica e nas unidades de média e alta complexidade. A gente vai, muito pelo contrário, precisar do apoio de todos os colaboradores", disse Galinho em campanha.
Sobre o fechamento na prefeitura, em comunicado no Instagram, a prefeitura informou que "os serviços públicos essenciais continuarão sendo prestados normalmente, garantindo o atendimento das demandas prioritárias da população". Em vídeo postado na sexta-feira (3), o prefeito informou que a gestão herdou uma dívida com a fornecedora de energia elétrica de R$ 1.189.744,02 referente a outubro, novembro e dezembro de 2024.
"Estamos enfrentando dívidas que comprometem setores vitais como saúde, iluminação pública, educação e administração. O mais preocupante é que não há recursos disponíveis para quitar essas contas, o que nos obriga a reorganizar a casa e agir rapidamente para minimizar o impacto na vida da população", escreveu o prefeito no Instagram.
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